Hellenah
Mão que acena suavemente ao "cada vez mais longe"
O sorriso antigo que se desfaz cada vez um pouco mais
O vestido que suavemente dança entrelaçado com o vento sutil
O rosto delicado, porém maltratado, omite a última conversa monocórdia
Uma última saudade de um passado que se termina
Assim como Tales de Andrade me trouxe lembranças
A vaidade da saudade obscura meu sorriso cinza
Entre as páginas que folheio desapercebido
Tento sentir os dedos dos pés
Tento olhar ao longe e me perder em pensamentos
Mas ao fechar os olhos, meus cílios colados são reagentes inconscientes
Remontam, recriam, ressurgem e renovam cada passado ao presente
E os dias se passam
O corpo que nunca dorme por completo
Nada mais que um objeto abandonado
Em banco solitário, em um lugar esquecido, leio "Saudades" aos imaginários tristes afetos.