Hellenah

Mão que acena suavemente ao "cada vez mais longe"

O sorriso antigo que se desfaz cada vez um pouco mais

O vestido que suavemente dança entrelaçado com o vento sutil

O rosto delicado, porém maltratado, omite a última conversa monocórdia

Uma última saudade de um passado que se termina

Assim como Tales de Andrade me trouxe lembranças

A vaidade da saudade obscura meu sorriso cinza

Entre as páginas que folheio desapercebido

Tento sentir os dedos dos pés

Tento olhar ao longe e me perder em pensamentos

Mas ao fechar os olhos, meus cílios colados são reagentes inconscientes

Remontam, recriam, ressurgem e renovam cada passado ao presente

E os dias se passam

O corpo que nunca dorme por completo

Nada mais que um objeto abandonado

Em banco solitário, em um lugar esquecido, leio "Saudades" aos imaginários tristes afetos.

Fabiano da Ventura
Enviado por Fabiano da Ventura em 03/08/2012
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