Ósculos do avesso,
trancados no armário,
descansam à margem da gaveta.
Estáticos e sem o nome dele,
eletrocutados por lágrimas,
Palavras em expansão,
que resignadas hibernam
em papel de carta sem floral.
Seladas com o formato da boca,
sem a umidade dos lábios.
Outrora fora um sonho dantesco,
agora utopia humilhada
fadada ao anonimato.
Assistida por ele,
o destinatário,
numa cadeira de balanço
num cenário apagado.
Olhos negros sem brilho,
imaginando quem sabe?
o gosto
daqueles beijos dela,
que ficaram no armário.
À espera dele,
tão desbotados!
trancados no armário,
descansam à margem da gaveta.
Estáticos e sem o nome dele,
eletrocutados por lágrimas,
Palavras em expansão,
que resignadas hibernam
em papel de carta sem floral.
Seladas com o formato da boca,
sem a umidade dos lábios.
Outrora fora um sonho dantesco,
agora utopia humilhada
fadada ao anonimato.
Assistida por ele,
o destinatário,
numa cadeira de balanço
num cenário apagado.
Olhos negros sem brilho,
imaginando quem sabe?
o gosto
daqueles beijos dela,
que ficaram no armário.
À espera dele,
tão desbotados!