Sonho

O sonho é a carta de alforria de nós poetas.

Através dele, temos acesso ao imaginário, ao canto mais recôndito do universo, a lugares proibidos, à profundidade dos oceanos e ao espaço etéreo, além da Via Láctea, imergindo em outros mundos, navegando por espaços intergaláticos, penetrando a mente humana, deslocando-nos a velocidades inimagináveis...

Nem sempre a vida real nos dá plena satisfação em nossos projetos. Muitas vezes sentimo-nos frustrados e não raro desestimulados para prosseguir na luta diária.

Quando nos abatemos devido aos insucessos que nos atingem, podemos povoar nosso espírito com a substância etérea, imaginária do sonho, e lançarmo-nos à vitória, antevendo o sucesso, que a vida real, por vezes, nos nega.

E, nessa constante onda,entre o sonho e a realidade, nós poetas, conseguimos manter o nosso equilíbrio e enfrentar, dia-a-dia, o futuro incerto, a vida insípida, os sentimentos confusos que nos assolam.

De fato, o sonho é a matéria prima da poesia, o alimento do poeta, a chave de sua libertação.