À Luz das sombras
De volta àquele assunto recorrente
O agora, advogado renitente
característica antiga, aliás
Entendendo e resolvendo sua vida
em suas atitudes passadas
nas suas, não nas minhas, era o erro
agora visto que não poderia interpretar
nem olhar para trás
e sabido que hostilidade é um caminho sem volta
mas é o simbolo de uma superioridade mórbida
que incomoda mas nunca foi destituída.
Eu, despóta de meu sucesso
Você, rainha de suas más escolhas
Quem sou agora,
Quem és tu agora?
Que pelas brechas avistava pescoços
e cambaleava nos saltos, dos outros
para um salto para o poço das mágoas eternas
Que jamais fora vista,
ou procurada.
No limiar do seu cancer pulmonar
à escolha de um novo cigarro para fumar
desconstituindo a luz
perpetrando as sombras
para se tornar como a sua velha
que naquele sofá tricotava,
amargurada pelas aventuras do passado
que largou
por brechas, e holofotes da emoção
um bravo para o campeão da noite e dos seus últimos dias:
o desamor próprio.
fazendo birra e dizendo que não queria mais
pensava em mim e no que te ensinei
disto fez algo que prestasse
e da sua potencialidade questionável
se pode dizer irrisória
por aceitar qualquer especulação de vitória
por qualquer impressão de derrota
e especialmente por medo de rejeição
só por que todos te amam por último
e eu primeiramente te amei para depois te odiar e continuar te amando?
Maldita estupidez
e fofocas
de acreditar que o renitente trocaria qualquer coisa por outra
não foi esta sua sensação, de humilhantemente pensar o tempo todo
Ser trocada
esta é a sensação
Que as sombras não querem sentir pela luz
nem a luz pela escuridão.
E você, que um dia fora luz, agora sombras por opção, só não é mais minha por que alguém te conduziu à enganação.