À Luz das sombras

De volta àquele assunto recorrente

O agora, advogado renitente

característica antiga, aliás

Entendendo e resolvendo sua vida

em suas atitudes passadas

nas suas, não nas minhas, era o erro

agora visto que não poderia interpretar

nem olhar para trás

e sabido que hostilidade é um caminho sem volta

mas é o simbolo de uma superioridade mórbida

que incomoda mas nunca foi destituída.

Eu, despóta de meu sucesso

Você, rainha de suas más escolhas

Quem sou agora,

Quem és tu agora?

Que pelas brechas avistava pescoços

e cambaleava nos saltos, dos outros

para um salto para o poço das mágoas eternas

Que jamais fora vista,

ou procurada.

No limiar do seu cancer pulmonar

à escolha de um novo cigarro para fumar

desconstituindo a luz

perpetrando as sombras

para se tornar como a sua velha

que naquele sofá tricotava,

amargurada pelas aventuras do passado

que largou

por brechas, e holofotes da emoção

um bravo para o campeão da noite e dos seus últimos dias:

o desamor próprio.

fazendo birra e dizendo que não queria mais

pensava em mim e no que te ensinei

disto fez algo que prestasse

e da sua potencialidade questionável

se pode dizer irrisória

por aceitar qualquer especulação de vitória

por qualquer impressão de derrota

e especialmente por medo de rejeição

só por que todos te amam por último

e eu primeiramente te amei para depois te odiar e continuar te amando?

Maldita estupidez

e fofocas

de acreditar que o renitente trocaria qualquer coisa por outra

não foi esta sua sensação, de humilhantemente pensar o tempo todo

Ser trocada

esta é a sensação

Que as sombras não querem sentir pela luz

nem a luz pela escuridão.

E você, que um dia fora luz, agora sombras por opção, só não é mais minha por que alguém te conduziu à enganação.

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 29/07/2012
Código do texto: T3803238
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