Sentimentos...

tão possessivos me tomam. Tantas vezes gostaria de ocupar o coração da pessoa por inteiro. Ter a atenção mais voltada pra mim do que pra qualquer outra pessoa, mas a verdade é que isto é difícil. Delicado. Complicado. Amor é algo muito complexo. Facilmente confunde-se amor de amigo com o de namorado. Por que ser possessiva com amigo? A amizade é pra ser compartilhada mesmo. Distribuída. Enfim, não é algo exclusivo como o namoro e o casamento. Não, eu sei que tudo o que sinto é só amizade. Não há desejo ou algo do tipo. Talvez esta possessividade tenha me tomado por inteira justamente por desejar tanto o desejar e ser desejada. O amor, a exclusividade, a atenção, o carinho, tudo...tudo SÓ PRA MIM. Tenho um desejo incontrolável de fazer alguém se apaixonar por mim. Isto é tão difícil. Só quem se apaixona é quem eu não desejo. Nem sempre o caminho do amor está visível pra nós. Pra mim está bem escuro, mas a cada dia que passa me sinto mais segura de mim. Sinto mais prazer com a minha companhia. É só buscar uma boa leitura, bons seriados e filmes e pronto. Voltando a possessividade, me peguei presa à ela. Cega. Com o coração palpitando, mas fiz o possível para desviar a minha atenção disso. Fui me acalmando e me concentrando no que valia mais a pena no momento. Daí em diante, parei pra pensar no porque daquela atenção toda não estar sendo direcionada pra mim. Será que me distanciei demais com esta mania de introspecção que tem me consumido? Será que o tempo pra mim mesma está sendo tão maior do que pra qualquer coisa? Estas perguntas ficaram entranhadas em meus pensamentos. Pra quê tanta neurose? Tanta dúvida? Isto não é bom. Dor de cabeça é só pra namoro. Sigo em frente com a minha introspecção que está me fazendo bem e quem realmente me ama vai aceitá-la.

Illyana Alves de Castelli
Enviado por Illyana Alves de Castelli em 28/07/2012
Reeditado em 28/07/2012
Código do texto: T3802322
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