Guerreiro de armadura.
O guerreiro cansado de suas batalhas diárias desce de seu cavalo,
Caminha até debaixo da árvore pela qual passa todos os dias,
E suspira, inspira e expira...
Senta-se, retira a armadura que cobre seu rosto e seu peito,
Sente o sol, a brisa e o ar entrando em seu peito,
Sorri, pobre e sem alegria...
Repara tudo a sua volta,
Aquele lugar pelo qual passa todos os dias até chegar ao seu destino.
Mas hoje ele repara, não apenas vê...
Sente cada detalhe, as flores, as árvores, o sol...
E o guerreiro chora,
Pois não tem tempo para esses milagres.
Chora por saber que amanhã passará e não verá nada!
Apenas suas batalhas diárias...
O sangue, o grito, a dor e a morte de se estar vivo.
E o guerreiro chora e ri ao mesmo tempo,
Apenas por ter descoberto,
Que ainda tem o poder de enxergar além da armadura...