Guerreiro de armadura.

O guerreiro cansado de suas batalhas diárias desce de seu cavalo,

Caminha até debaixo da árvore pela qual passa todos os dias,

E suspira, inspira e expira...

Senta-se, retira a armadura que cobre seu rosto e seu peito,

Sente o sol, a brisa e o ar entrando em seu peito,

Sorri, pobre e sem alegria...

Repara tudo a sua volta,

Aquele lugar pelo qual passa todos os dias até chegar ao seu destino.

Mas hoje ele repara, não apenas vê...

Sente cada detalhe, as flores, as árvores, o sol...

E o guerreiro chora,

Pois não tem tempo para esses milagres.

Chora por saber que amanhã passará e não verá nada!

Apenas suas batalhas diárias...

O sangue, o grito, a dor e a morte de se estar vivo.

E o guerreiro chora e ri ao mesmo tempo,

Apenas por ter descoberto,

Que ainda tem o poder de enxergar além da armadura...

Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 27/07/2012
Reeditado em 27/07/2012
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