Seria mesmo com a mão direita?!
Um certo dia, nas épocas do ensino primário, a professora bateu-me na mão esquerda e disse: "menino, ponha o lápis na mão direita e escreva sempre com ela!" Então, depois que a dor do tapa passou, fiquei imaginando com a minha inocência infantil: "eu sou mesmo um burro descuidado! Como não percebi isso, nos meus demais amiguinhos de sala-de-aula?" Assim passei a proceder, a partir deste breve castigo. Escrevia todo dia com a mão direita, apesar de ser mais lento e exigir-me mais paciência e concentração. Para ser franco, eu ficava mesmo é desenhando as letras. Rsrs... De vez em quando, a professora passava por mim, para ver se eu a obedecia. Parece-me que o sacrifício não rendeu-me os pseudos benefícios, pois apesar de hoje, escrever bem com a mão direita, os meus pensamentos se rebelaram e fluem à esquerda da mente dos escritores. A rebeldia subtraiu-me um pouco da inspiração, mas como sou teimoso por natureza, continuo escrevendo, sem nenhuma mágoa ou rancor da minha mestra do passado. "Escrever é preciso, viver não é preciso!" Rsrsrs...