O Fim

Então é assim que tudo acaba? Esse é o lugar que devemos permanecer quando meu mundo desabar? Por que você gosta de me fazer chorar como um bebê faminto? Por que me faz ficar louco? Eu morro, eu renasço, eu quero você! O que pode acontecer? Como faz tão pequeno nosso amor? Como pode pedir para que me ajoelhe como na pintura? Desmanchamos-nos na brisa forte que passou... É muito fácil achar o motivo de uma vida inteira e feliz quando dormimos juntos... Eu gosto de te ver acordar, gosto de te amanhecer... Seu jeito de dormir, sua respiração, seu descansar em meu peito, o carinho... Como nos permitimos abandonar nossa essência e o sol luta com as neblinas como nós mesmos tentamos nos desvencilhar das armadilhas do passado... Como o sol tentando brilhar por entre a serração da manhã... Tento recuperar um pouco de felicidade com as migalhas de alegria que permanece aqui... É essa a real forma de morrer, esse é o lugar certo de estar e essa é mentira certa a acreditar... Esse é o ar que nos falta na hora da verdade, como uma lágrima q escorre, suga a minha essência e me leva a insanidade, como um grito abafado de quem é torturado... Esse é o amor que se encerra pela manhã... E ainda fica, restam nesse lugar, às mentiras como pedaços de uma verdade inteira que relutamos em acreditar... Então, me mostre porque você vai e nada deixa restar de uma esperança, de q nossa maneira de mentir é revelada... É agora o tempo de resgatar todo que te faz doer em mim... Só me fala mais uma vez feliz, antes de me dilacerar assim...

Então, esse é o céu! Não foi essa a cor que planejei! Há algo de muito errado na forma em que nos entregamos, que nos bebemos, que nos experimentamos... Eu talvez possa até chorar, como um idiota, romântico e sentimental, beirando todas as formas de me manter louco, insano, sóbrio... Pode ir, pode me partir ao meio com essas palavras, com sua descrença em nós... Posso ser um idiota em beijar sua testa, mas ainda acho que podemos brincar como dois bebês se descobrindo, que precisa do outro pra saber próprio limite... Eu gosto disso assim... Então, não me faz perder a razão, deixe a ferida aberta enquanto amadureço os versos de uma poesia irreal que fiz para você... Na realidade, os versos vazam amores que quis derreter em minhas lágrimas, como lavas de vulcão... Incandescente, quente, dilacerante, ardente... Faz-me feliz uma última vez? Só mais uma vez?

Kelli Rodrigues
Enviado por Kelli Rodrigues em 26/07/2012
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