Descanse em paz

A fúria dos quatro ventos refletiu seu rosto na janela.

Num salto, eu acho,

atravessei o tempo entre a lucidez e os devaneios

pintados à mão nua na parede de minhas idiossincrasias .

Sem dor, afinal, no país das quimeras não há dor,

um mundo de cores desfilava ante meus olhos

com minuciosos movimentos em minha direção.

Sem a interferência do tempo,

num instante eterno e imensurável,

pude tocar-te.

Ao abrir os olhos, pude ver da janela

a chuva recuar suas torrentes.

Suspirei até o ultimo orvalho

e entendi o quão difícil é lembrar você

e o quanto sinto sua falta

(Deni Sales)

26/07/2012

Deni Sales
Enviado por Deni Sales em 26/07/2012
Reeditado em 27/08/2012
Código do texto: T3798552
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