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Chame a felidade aqui.





E tinha face à felicidade?
Não me lembro de nada,
Porque não olhei,
Porque não guardei retratos.

Qual era mesmo o perfume da felicidade?
Acho que perdi algo,
Cheiro de mato, cítricos ou amadeirados,
A cena do passado exalou o cheiro.

A felicidade costumava cantar?
Me emocionei
Diante de uma canção de amor,
Parece que dançamos juntos.

A felicidade também chora?
Quando eu chorei por você
Suicidei meus sonhos
Não sinto a paz na despedida.

A felicidade tem memórias?
Se não fosse às cartas
Tão intimas do coração
Nem saberia da sua existência.

A felicidade é reincidente?
Teria ela coragem de voltar
A habitar um coração
Que um dia feriu sem dó?

A felicidade é livre?
Não poderia me levar
E me ensinar a recomeçar
Uma vida com asas?

A felicidade é justa?
Anda de mãos dadas com a verdade
Ou segue paralela
Usando medidas duais.

A felicidade é tangível?
Ou apenas um eco
De algo que nunca vimos?
Vai, explica-me, vai.

A felicidade é letra
Que mata só por existir
Ou um espírito
Que vive para matar?

A felicidade fala?
Ou convém ser muda
Para furtar olhares
Enquanto gesticula.

A felicidade brilha?
Ou usa o ouro para reluzir
O que o homem na insensatez
Acha ser lucro?

A felicidade tem poderes?
Ou apenas é fogo incandescente
Para meter medo
E pedir preces na boca de um vulcão?

A felicidade ...
Ah...deixa como está.
Ando sem memórias
Ou nada vivi de felicidades.









 
Texto sugerido:
Bebida da loucura
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Simplesmente Sys
Enviado por Simplesmente Sys em 26/07/2012
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T3798440
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