A VOCÊ QUE ESCREVE ...

Conforme dissemos algumas vezes: não espere regras sobre formas certas de escrever, como num manual... Deixe sua imaginação livre e, aprenda a fazer (escrever), fazendo (escrevendo) – É assim que melhor funciona...

Querendo ou não, considere que se você escreve alguma coisa e, se outras pessoas irão ler o que você escreveu – VOCÊ NÃO ESCREVE APENAS PRA SI MESMO... É preciso escrever pra ser entendido (também) por outras pessoas... Em meu achômetro existe gente que, certamente, escreve na perspectiva que apenas ele (ou ela) mesmo irá ler (o que escreve) não fosse assim, teria mais cuidado com o que diz (ao escrever)...

Não estou me referindo a parte da ortografia ou concordância verbal (e nominal), mas a questão do assunto mesmo – aparentemente (muitas pessoas) teriam muita dificuldade em formar ideias e, geralmente às formula de forma truncada (ou ininteligível)...

Vale salientar que, não estamos querendo supor que o escritor tenha que ser alguém erudito (pai da matéria na arte de escrever)... Estamos sim, dizendo que se a pessoa não escreve apenas pra si mesma, se faz necessário escrever de forma a ser lido e entendido por quem tiver acesso ao texto...


Por exemplo: Alguém resolveu escrever sobre a própria vida em versos, colocando isso como título do livro... Algum tempo depois de publicar o livro ficou frustrado porque a maioria das pessoas não demonstrou interesse em ler seu livro...


Refletindo sobre a questão: não receber reconhecimento ao escrever, pensei sobre alguns princípios envolvidos: Conforme o texto PRINCÍPIOS DE UM ESCRITOR (prosa poética postada em 12/09/2009), é possível considerar três princípios gerais:

PRIMEIRO – Não se deve escrever por dinheiro (pra ganhar dinheiro)...

SEGUNDO – Não se deve escrever esperando reconhecimento imediato...

TERCEIRO – Seja consciente sobre o contexto (tempo e lugar onde está) – SOMOS AUTORES E ATORES DA HISTÓRIA EM NOSSO TEMPO (esta frase foi produzida, na troca de ideias com a recantista Dulce Alves)...


Em meu achômetro, escrever é uma arte da arte de viver (pensei isso desde o livro Gozai Por Nós, em 1988) e, se um texto possibilita remuneração, tudo bem, o que será diferente de forçar a barra e somente escrever alguma coisa se puder obter dinheiro com o que escreve...


PRINCÍPIOS DE UM ESCRITOR, sim... E, o escritor que se preze, seguirá alguns princípios, jamais de forma intelectualizada (mecânica)...


Faz-se necessário que o escritor siga princípios gerais ao invés de escrever como fruto do acaso... Por exemplo: Por mais que sejamos independentes, quer se queira ou não, é necessário vincular o que se escreve às regras gramaticais... Esse negócio de colocar no papel tudo o que vem a mente, sem refletir sobre as ideias, é romântico demais e pode colocar um fim nos melhores propósitos... Geralmente, quem fica pela estrada da vida, não quis submeter–se a princípio algum e, assim, vivendo sem princípios capotou nas curvas da estrada...


Aparentemente o título de uma obra não teria tanto a ver com o conteúdo... MAS, como o leitor irá se interessar em ler algo que não lhe desperte interesses???


Pode até alguém pensar diferente, mas a maioria dos leitores será despertada pelo título da obra... Sem querer puxar brasas pra sardinha, a primeira vez que publiquei um livro, senti que, poderia escrever sobre críticas sociais, mas se quisesse despertar o interesse dos leitores (considerando que ainda era um autor desconhecido do grande público) e, considerando que era necessário (também) conquistar leitores desconhecidos teria que enxertar algum ingrediente nas críticas sociais – assim, nasceu a ideia de escrever recheando o conteúdo com anedotas... – Não priorizava anedotas, mas usava – as como forma de levar o leitor à reflexão sobre o conteúdo das críticas sociais...

Uma vez que, defini o estilo literário, o título parecia fácil... Mas, poderá não ser... Matutando sobre a questão, lembrei que aqui no sertão, muita gente escutava a hora da ave maria e, durante o programa, tem uma frase a ser repetida: ROGAI POR NÓS... Se o livro tinha a ver com humorismo, nada como chama–lo de GOZAI POR NÓS...


ASSIM, a ideia foi certa e o livro cumpriu as metas, ao contrário do autor a que fiz referência que começou falando sobre: SUA VIDA EM VERSOS... PORTANTO: Escrever é uma arte da arte de viver e, dia–a–dia, será possível ir se deixando lapidar, para que, tanto a emoção quanto a razão sejam como duas paralelas se completando mutuamente...
Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 26/07/2012
Código do texto: T3798086
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