O Amor

Não se descreve um ser pensante e, ao mesmo tempo, errante, com meras palavras. Assim por dizer, somos inconstantes: sorrimos, choramos, sofremos, cantamos, dançamos, erramos, acertamos. Estamos bem ao mesmo tempo em que estamos mal.

Mas, não só pela inconstância, são também pelas certezas que se vive o homem. Somos, acima de qualquer erro, constituídos de princípios. E estes sim, se carregam pelo decorrer da vida. Estes sim, felizmente, não se modificam a cada segundo que nos consome.

Cada ser cria seus princípios. E é com o crescer tanto psicológico quanto espiritual, que se concretiza e se aperfeiçoa tais princípios.

Felizmente, no decorrer de minha jornada, me deparei com a verdade, com a simplicidade, com a gentileza, com a sutileza, com a generosidade, com a compaixão, com a gratidão, com a fé, com a esperança, com o otimismo. E então, embora eu os quisesse fazê-los crescer comigo, algo ainda se perdia ao acaso. Um vácuo, embora não soubesse a que se referia, me fazia crer que, antes de mais nada, um sentimento único, que se dizia por si só, não cruzara, ainda, meu caminho. E então pude perceber, ao vê-lo diante de meus curiosos olhos, de qual sentimento se tratava. Pude crer, embora minhas pernas estremecessem, minha voz fraquejasse, meus pensamentos se embaralhassem, que algo inexplicável crescia ali, por si só. Pude perceber, felizmente, que se tratava de um sentimento chamado amor.

Embora tenhamos todos os mais sigilosos e maravilhosos sentimentos do mundo, nada se concretiza, nada se desenvolve, sem que antes se conheça o amor.

É através do amor que se aprende a sutil diferença entre dizer a verdade ou se prender a uma mentira, entre se conter com um sorriso a ter milhões de dólares em suas mãos, entre dar o que é seu para ver o outro se alegrar, entre se aperfeiçoar com os erros do que se conter com o orgulho, entre acreditar na verdade de Deus do que no acaso da vida, entre sorrir até o último suspiro a ter que desistir no primeiro erro.

Isso sim é crescer com elegância, é ter plenitude na alma, é ter alegria no coração.

"Ao amar, não somos julgados pelas incertezas da razão, mas sim, pelas verdades do coração."

(Janeiro de 2008)

Por Jéssica França
Enviado por Por Jéssica França em 25/07/2012
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T3797426
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