Quero o caos

Quero o caos

Vivo o caos, aprecio a discórdia,

Sou demasiado amante da tragédia.

A vida não faz sentido, só na morte se atinge

O ápice, a conclusão de uma obra feita.

Só somos alguém na morte, admirado respeitado,

Pois ninguém se arrisca em blasfemar contra

O espírito de um poeta morto.

Quisera existisse mesmo alguma coisa além do túmulo.

Para vermos de lá, as pessoas falsas acariciando-nos a face,

Com um disfarce invisível aos vivos,

Que é a hipocrisia dos mortais.

Brasília 12/02/2007

Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 13/02/2007
Reeditado em 13/02/2007
Código do texto: T379510