CARTA PARA NINGUÉM
Escrevi uma carta, dia destes. Uma carta para ninguém. E mesmo sabendo ser ela sem destinatário, esperei a resposta que, evidentemente, não veio. Então escrevo outra. Esta! Para dizer de medos que me assolam. Mas o medo é tanto que não consigo transformá-lo em palavras, sobretudo escritas. Então fico assim, engasgada, tolhida... e perguntando-me:
- Como libertá-las?
Não sei como pode a vida tomar caminhos tão bifurcados. Aliás, acho que sei. Estes caminhos são frutos das escolhas que fazemos.
-E quais foram minhas escolhas?
-Porque o espanto diante daquelas que as tornei possíveis?
- As respostas? Ah! As respostas...
Se eu as tivessem não estaria aqui ou assim: confusa, atemorizada...
Os dias precisam passar, para cessar inquietações e dissipar agonias. Por isso escrevo para ninguém esta carta, pois só meu anônimo Ser a conhece.
Ser confuso esse meu Eu.
Cheio de ”ais”...
Acordei assim, melancólica de mim. Porque de ti não teria sentido ser, pois não existes... Ou será que existe?
Respondo: no meu silêncio e vontade, você reina cheiroso como a cor das manhãs orvalhadas...
- Como libertá-las?
Não sei como pode a vida tomar caminhos tão bifurcados. Aliás, acho que sei. Estes caminhos são frutos das escolhas que fazemos.
-E quais foram minhas escolhas?
-Porque o espanto diante daquelas que as tornei possíveis?
- As respostas? Ah! As respostas...
Se eu as tivessem não estaria aqui ou assim: confusa, atemorizada...
Os dias precisam passar, para cessar inquietações e dissipar agonias. Por isso escrevo para ninguém esta carta, pois só meu anônimo Ser a conhece.
Ser confuso esse meu Eu.
Cheio de ”ais”...
Acordei assim, melancólica de mim. Porque de ti não teria sentido ser, pois não existes... Ou será que existe?
Respondo: no meu silêncio e vontade, você reina cheiroso como a cor das manhãs orvalhadas...