De Toda Forma
Toda forma de fazer doer um coração é a forma de se apunhalar uma alma...
Todo coração que sofre por um amor é digno de ser abençoado pelos anjos...
Toda forma de fazer sangrar uma alma é uma forma de se despedir de um mundo...
Perde-se uma vida ao se fazer doer um coração...
Toda forma de se entregar, é um jeito diferente de cometer um longo suicídio...
Não se deve maltratar um coração... Nem por amor, nem por saudade...
É tarde demais, não há esperanças para o amor...
Tudo que se sabe é que nada pode saber sobre o que é sabido e determinado pelo coração apaixonado... Ele estabelece suas próprias leis... Sua própria justiça...
Eis que chega a hora de caminhar com pés descalços em chão em brasa...
O que se pode saber sobre o que não é sabido?
Quem ousa se colocar entre o amor?
Não se pode pisar no coração apaixonado, pode-se perder uma alma... Mesmo vivo o corpo, nada resta... Nada resta...
Toda forma de se fazer sobrar, é uma forma de se entender, de se colocar entre o coração e a vida...
Toda forma de magoar o coração é um jeito novo de se torturar...
Toda forma de rejeitar é um jeito diferente de enfraquecer uma vida, de fazer sumir por entre os dedos, de fazer fraquejar a respiração...
Toda forma de apego, é um jeito triste de entregar a alma a dependência e frustração...
Não poder, não é uma definição de não querer...
Pode se arrepender, mas pode ser que seja tarde demais...
Nada pode ser encontrado onde não há definição...
Não há nada no coração de quem não sabe o que é amor...
Não pode haver vida onde não se sabe respeitar o fogo da paixão... O ardor de um desejo incontrolável... Tarde demais...