[Cena Imaginada]

Amanhece... Saio da penumbra do meu pequeno quarto, e num tropismo instintivo de bicho que busca a luz, eu rumo para a sala. Mas, tropeço.

Caio com as duas mãos na verga da janela aberta para a grande Avenida. Num salto do espírito, eu cresço, eu ganho asas, e pela janela do tempo, eu voo. Apenas voo.

Aprendo que nenhum destino importa, nenhuma resposta é resposta, e viver hora por hora, é tudo que há, é tudo que é preciso. [Como se sabe, a Avenida é o mundo, e a janela não tem nenhuma culpa].

E por que concluir é morrer, e por que chegar é morrer, eu procuro pensar circularidades - sem anseio de infinitude, mas sem medo!

_________

[Desterro, 17 de julho de 2012]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 17/07/2012
Reeditado em 02/08/2012
Código do texto: T3782747
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.