FESTA NO MEU INTERIOR
Meu interior festeja São Pedro. Dá gosto de ver!
Pracinha enfeitada, bandeirinhas coloridas,simplicidade refletida nos sorrisos espontâneos.
A comunidade participa com a alegria dos que cultivam a fé.
Tem gente de toda a parte que se apresenta a colaborar:
- os que são filhos da terra e saíram para trabalhar;
- os amigos que a visitam, apaixonam-se e querem retornar.
E todos voltam felizes pra São Pedro festejar.
Manhãzinha tem alvorada: a Euterpe desfila na estrada
capitaneada pelo Prefeito (tradição que se renova a cada pleito).
Ponto de encontro?
- Casa de farinha: café bem gostoso e broa quentinha.
Gincanas divertem as crianças.
São Pedro pede leilão: sua vontade é atendida.
Pregoeiros, coretos e prendas atestam o velho jargão:
“Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três! É do freguês!!
É hora de dança: forró e samba.
Aliás, me interior modernizou-se: telão e tecnobrega também
fazem parte da festa.
Meia-noite, sábado para domingo,batem os sinos e queimam-se fogos.
A dança continua e eu me recolho depois de passear por entre barraquinhas e algumas cervejinhas.
Sabe, aqueles amigos que se apaixonam?
Eu sou um deles.
Apaixonei-me e sentei praça.
Traçando estas linhas, já em casa, ouvindo ao longe as modinhas, tenho certeza de que São Pedro amanhecerá sorrindo.
Terras Frias, Santa Maria Madalena, meu pequeno paraíso.
Rogoldoni
07 07 2012
Texto publicado na Antologia Poemas à Flor da Pele, ano V, volume 2 Editora Somar Porto Alegre 2012