Solo seco.
Toco a dor e a boiada,
No agreste adentro.
Dias e noites, espinhos,
Couro, canto e unguento.
O som do vento,
Grito, lamento...
Eh!, boi...sentimento.
É tempo seco,
Que seca o olhar,
A boca.
O tempo seca o tempo.
Entranças e feridas,
Gado forte enebria a lida.
Range da cela o couro quente
Ao sol incandescente.
Solo do vaqueiro,
Manso em sua dor,
Quente em sua voz de cantor.
Eh! boi...leva minha dor.