NÃO PRECISAMOS DE “MUDANÇAS” ...
Em meu achômetro não estaríamos precisando de mudanças e se está havendo necessidade de uma coisa seria compreensão para dizer que NÃO PRECISAMOS DE “MUDANÇAS”...
Estamos em ano de eleições, a campanha já começou e cada candidato (que pode), coloca um carro de som nas ruas proclamando em alto e bom som (em volume exagerado) que é uma espécie de salvador da pátria...
Pra se ter uma pequena ideia do que falo, são apenas oito e meia (da manhã), de um dia de sábado, tem feira no centro da cidade e num dos bairros afastados do centro, moro entre as duas parte4s da cidade e, apesar de não ser a avenida mais movimentada da cidade, já ouvi passar (na rua) o barulho de dois carros de som de partidos diferentes, divulgando um dos candidatos a prefeito e o outro carro de som, de um candidato a vereador (do partido concorrente), e, ambos estão dizendo que os referidos fizeram isso e aquilo outro e que querem (e podem) fazer muito mais (tanto na cidade, quanto na zona rural do município) – o problema é que, quando temos se conversa com algum morador da área rural do município ele diz que está sem água pra tomar banho diariamente...
Olha: Estamos a aproximadamente duzentos e sessenta quilômetros da capital (Recife) e, não estou me referindo ao Sertão (onde é comum dizer isso), não imaginaria um dia sem um ou dois banhos e, digo mais: Passe na casa de algum dos candidatos pra ver se alguém teria deixado de tomar banho por falta d’água??? Por isso, digo que não precisamos da mudança (entre aspas) de que falam... Ou melhor: O povo não precisa da mudança de que os candidatos falam...
Sendo curto e grosso, direi: Se fossem bons candidatos, primeiro fariam uma auto–avaliação e, se estão com dinheiro pra gastar com carro de som, peguem o dinheiro e deem aos pobres... Não aconselharia distribuírem sextas básicas, distribuam o dinheiro mesmo... Depois orientem que cada um faça bom proveito daquele dinheiro, evitando bebidas alcoólicas, porque isso causa muitos outros problemas...
E, olhe, que estou falando de apenas dois candidatos com carro de som nas ruas... Ainda existe muitos outros candidatos... Isso sem falar nos que torram dinheiro nas motos ou bicicletas de som, gente segurando bandeiras nos sinais de trânsito, etc...
Estou me referindo a um município, quando apenas em Pernambuco temos duas centenas de municípios...
Inicialmente, diria que não estou ficando lelé da cuca (como dizem); preste atenção e perceba que a palavra mudança a que estou me referindo está entre aspas... Por mudanças de que falam candidatos atrás de votos, é que o país está do jeito que está... Não escuto candidato prometendo lutar pra que o jovem entenda que não precisa de drogas, de democracia (como temos)... ANTES cada deputado, cada senador, cada prefeito e cada vereador irão cortar o salário e outras benesses (como verba pra aluguel, despesas com combustível, auxílio pra paletó, etc) pela metade e votar uma lei que garanta que os funcionários daquele município, estado ou país, irão ter um reajuste igual ao valor de que estão abrindo mão...
AGORA, esta sugestão não é conversa de campanha, seria coisa séria – digo assim, porque durante a campanha (e até as eleições) o candidato tem uma conversa e, depois que as eleições passam a conversa muda de teor... ISSO faz parte da origem cultural da nação... PENSE sobre o que foi feito para que os invasores ficassem com a terra dos nativos... E, tem mais: Conversa de mudança, faz parte da agenda de qualquer candidato em todas as épocas...
POR ESSAS E OUTRAS, não me venha com história de mudanças (em campanha eleitoral)... Como disse antes, não sou racista, nem preconceituoso, mas uma das opções será votar em branco... CHEGA DE CONVERSA DE CAMPANHAS QUE DÁ DORES NOS OUVIDOS...