NOITES POETICAS
A lua que já bem o aclarava
Ocultou-se, de toda, espavorida
E um jovem fitando a sena solitário
Procura a estrela de sua vida
Era um quadro celeste, era poético
De um ser sentimental, era carente
Mas, de amor, o peito cheio, efervescente
Era um quadro, celeste, solitário...
Com um semblante de plena contrição
Que aspirava um ar de esperança
E nos olhos um rio d’emoção
Naquela moldura, a imagem era uma sombra
A esmo, ponderante, a expressão
Poetizava sua vida, seu amor, amava
Recitando, sonoramente, os olhos fitos ao céu
Estrelado, pois, no perigeu, a lua
As nuvens, a cobrira, a cerração
Então, ligeiramente, os olhos adormecia
Foi quando o sol na aresta, ele acordara
E rezando lembrava as noites que passara.