Cavaleiros da utopia
Levantem-se,
Acreditem.
Hospitais terão mais atenção e leitos vagos; A sofreguidão acabará.
Policia, prendendo bandido, e colocando em presídios de pouca população;
Escolas erguidas apenas pelo querer dos cavaleiros;
Lixo vai virar luxo, pois se tornará luz.
Servos, colocam na calada da noite, bandeiras dos cavaleiros, tornando-se uma poluição visual, sem precedentes; Quem sabe no turno eleito, sejam alguns, cargos de confiança.
Cavaleiros da utopia, homens além da alma.
Aconselhados somos a ver no transe, em palavras concretas, tudo virar realidade.
Lobotomizados, todos no crer, cavaleiros da utopia chegam com a tempestade, velando a nação.
Homens honestos, que vingam o vomito, vomitado no debate.
Línguas tornam-se espadas, ao tentar ferir a fraqueza do oponente.
Denegrimento faz bem a imagem do orador utópico.
Levantem-se,
Acreditem.
Os cavaleiros da utopia estão chegando!
Por passe de mágica, sua cidade, rua e casa, irão melhorar!
Mas os filhos da nação, o embrião, o nada, serão esquecidos, depois da “urna”.
Poderes, resignados a suas muralhas, onde flechas não alcançam
onde os cavaleiros da utopia brindarão, às gargalhadas,
o topo do mundo, o topo de suas vidas, no bel prazer sarcástico.
Homens de pouco credo! Homens de credo algum;
Homens que se deixam manipular por ídolos nos estádios,
Ídolos na música, ídolos produzidos pela utopia dos cavaleiros.
Como rinoceronte cacareco,
cavaleiros chegam com a tempestade, chegam com a boa nova;
Alados cavaleiros, homens, acima da condição humana.
Trazem na mala de garupa, mandrágoras, cicutas, a serem distribuídas.
- Esperanças?
Até a data da vaga conquistada.