Ao “amor” que não conheci

Ao “amor” que não conheci

Ao amor que não conheci,

Deixo meu brado num êxtase de morte,

Um grito de dor, no mais alto clamor;

Ao descuido da sorte.

Quem sabe no céu dos meus devaneios

Encontre você rolando no espaço

De um infinito querer,

Querendo dizer num canto do verso

Que também me quis.

Mas isso é tolice.

Se não tive na terra,

Onde os homens se entregam

Às tolas miragens,

Não seria no céu para

Onde não se leva nem sonho

Ou bagagem.

Brasília 17/11/2006 Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 10/02/2007
Código do texto: T376917