sangrando

Na despedida manhã de segunda

As águas da baía fechavam

Em tom ruborizado; e pude

Ouvir na agonia dos peixes

O pedido de socorro...

Ante o faz de conta do nada

Acontece e a pronta indignação

Dos que “não fazem nada”.

Na despedida manhã de segunda,

Uma ressaca de lixo e óleo

Deflagrava a nossa tristeza...

Num comodismo anunciado

Do fica quieto que eu finjo não ver:

Que matam, que fecham os olhos,

Que sangram... sangram óleo na baía.