À deriva...
Á deriva, me perco no mar de ilusões. As memórias ainda vivem não só em minha mente, elas torturam o pobre coração. Chorar torna-se a única saída para tal dor. Você sente o mesmo? Sente esta dor que reina eu meu peito? Você chora? Você chora pelo mesmo motivo? Por favor... Diga que sente a minha falta. Grite em meu ouvido... Roube meu coração... Roube o que sobrou... Crie novamente a ilusão. Crie novamente a expectativa... Venha até mim. O que houve? Perdida nas memórias deixadas eu tento me erguer do solo tão quente e confortável. O dia perdeu a graça. O sol não tem mais calor. As estrelas perderam seu brilho. Aonde foi parar a sua voz? Grite, grite por mim... Oh anjo... Roubou-me o que há de melhor. Roubou os frutos de uma felicidade eterna, de um amor grandioso, de um espetáculo sem fim. Mas cadê? Cadê você e suas palavras de conforto? Cadê aquele amor que me fez sentir? Por favor... Grite, grite por mim... Você veio... E tão glorioso, me fez amá-lo. Você veio e tão nobre... Me conquistou... Mas meu anjo... O que houve? Aqui jaz o que um dia foi... E ficou... Ficou a dor... a Lembrança... As palavras... Meu anjo... Como poderia eu adivinhar que tal ser... Que tanto me trouxe amor... Outrora o tirou na mesma intensidade? Me perdoe... Me perdoe por não ser forte... Por não suportar... Mas estacas ferem, espinhos machucam e lembranças matam...