Masmorra de Poemas

A liberdade é um passarinho amarelo com olhar desconfiado de penas viradas... Em seu voo, o rastro de um arco-íris desenha rabiscos para um poema em gestação. Nesse volteio, as sete cores amealham visitas de pés que sentem medo em largar marcas pelo chão. Um dia destruíram um jardim apagando suas pegadas. Isso a memória não apaga. Uma geração de palavras morreu queimada em raios de sol e outra pelo desbote dessa ousadia. O preço do pecado ainda está sendo pago. Criado o precedente, a masmorra da condenação seguiu baforando seus ferros e grilhões. Dá medo na alma. Se a última porta aberta fechar... a embolia de palavras cortará os últimos sinais vitais da alma em busca de luz... e a palavra morre em masmorra de poemas.

Maria
Enviado por Maria em 06/07/2012
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