Assassinato
Entra a policia,
Em busca da assassina.
Indiferente a tudo
A mesma esta sentada,
Olhando o nada...
Pedem-lhe que se levante
E se assustam!
A mulher tem em seus olhos verdes
Um brilho de loucura e dor...
E é tão triste esse olhar
Que enternece a quem olha
Levam-na...
Ela não opõe resistência à prisão
Seus lábios têm um sorriso de ironia
E sua expressão é altiva.
Na delegacia o interrogatório:
- Qual o seu nome?
- Mulher...
- Idade?
- Não conto idade
-Onde nasceu?
-Tanto faz.... Campo ou cidade
-Afinal mulher, quem és tu?
Sua resposta espanta:
-Senhor, terá de mim, só o corpo,
Mas jamais terás minha identidade...
- E por que Mulher?
-Por que do contrario, eu não estaria presa, e poderia vagar livremente...
-?
-Se eu não houvesse assassinado minha alma...
Silvia Fedorowicz