Quando a história veio a meu encontro, tinha a cara lavada e voz de poucos ombros. É certo que não a levaria a sério; nem tinha idade para isso. Mas ela emburrou, bateu o pé na desatenção. E eu, que inevitavelmente crescia, assistia essa contramão, aprendendo um caos disfarçado de silêncios.
De dentro me saiam vaias, vultos, valas! Caravanas de medos! Não, eu não podia com a história que era minha e que agora também crescera. Eu nada podia com sua exaustão apertando meu peito. Por isso o arranquei, extirpei, despedacei!
Tanta morte, que nem sei se por destino ou sorte, acordei açucarada visão... Via a história agarrada mansamente em mim, descalça de tropeços; estendendo os braços por meu ventre, como se de fato me quisesse; como se só assim pudesse gerar seu (re)começo; de onde nasceria escancarada, ao me reconhecer.