Hoje
Hoje senti pena de mim.
Quis fugir, voltar
renascer das cinzas, como uma fênix... Não pude.
Seu olhar me persegue
Consegue vê o último dos encantos?
Os meus já se foram...
Criou-se um vácuo; puro, incandescente, mas um vácuo...
A paz desprendeu das rochas, virou pó, caiu nas águas de um rio...
Hoje não sou mais santa.
Sou apenas um resto do que fui, pálida, absolutamente pálida...
Estou suja e me condenas.
Sou fraca, insanamente fraca...
Risos ecoam ao meu redor
Crianças, cuidado!
À segunda vista tudo parece perfeito, eternamente perfeito...
Para tudo!
Fecha as cortinas!
Cai o cenário!
Hora de ir.
Calo.