QUANDO O AMOR CANSAR
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Quando o amor cansar, procure ver se ele cansou. Sendo o amor reflexo da própria vida, um dia ele dá sinais de cansaço. Mas não é que ele canse. Talvez nós cansemos dos mesmos roteiros que escolhemos para o espetáculo da nossa vida. Talvez o amor venha mesmo a se cansar, mas é preciso ter consciência disto porque o verdadeiro amor é meio camaleão – muitas vezes ele se apresenta com um matiz sendo outro, talvez só pra nos colocar a prova. Amar alguém é processo de troca. Nunca a troca de bens materiais, mas de símbolos de afetos construídos nas experiências de vida de cada pessoa.
Amar é um exercício diário de paciência e tolerância – diferente daquele amor que, quando adolescentes imaginamos e sonhamos no viés do príncipe ou princesa encantados. Os amores são as mais perfeitas traduções da vida ensimesmada, cheias de nuances que só vivendo no duro exercício do aprender caminhar caminhando se alcança. Por isto talvez seja que o amor nos dá sinais de cansaço, mas talvez nem seja. Pode ser que seja o cansaço da vida, do cotidiano estafante que se projeta nos amantes e provoca confusão de sentimentos. Se de fato for o cansaço da vida, não há motivos de preocupação. Viver tem momentos de cansaço, mas que não podem invadir os espaços do amor para que o amor não fique enfraquecendo indevidamente. Quando o amor enfraquece sem motivos ou com motivos imperceptíveis a luz do afeto, do carinho, da razão e da emoção, urge não desesperar. Se houver amor ele se recupera desse volume de incompreensões próprias de quem vive um grande amor. Um grande amor só é grande porque não caminham caminhos habituais como como se fosse uma romaria. Nenhum caminho que conduz a um grande amor se percorre sozinho e sem intempéries no trajeto – meio que uma “pedra no meio do caminho” como diria o poeta.
Portanto, quando o amor der sinais de cansaço é alarme falso. Não consta no núcleo do sentimento um cansaço que se possa atribuir ao amor. O homem cansa inclusive da vida, senão os suicidas não existiriam, mas esse é um aspecto forte que denota a falta de amor completa que leva alguém a por termo a existência. Quem da vida não abre mão, certamente não abrirá mão de um grande amor pela suposição de cansaço. Mas se o amor terminou ou quando terminar, muita calma nessa hora: a gente não pode querer numa vida tão passageira um amor eterno...
Amar é um exercício diário de paciência e tolerância – diferente daquele amor que, quando adolescentes imaginamos e sonhamos no viés do príncipe ou princesa encantados. Os amores são as mais perfeitas traduções da vida ensimesmada, cheias de nuances que só vivendo no duro exercício do aprender caminhar caminhando se alcança. Por isto talvez seja que o amor nos dá sinais de cansaço, mas talvez nem seja. Pode ser que seja o cansaço da vida, do cotidiano estafante que se projeta nos amantes e provoca confusão de sentimentos. Se de fato for o cansaço da vida, não há motivos de preocupação. Viver tem momentos de cansaço, mas que não podem invadir os espaços do amor para que o amor não fique enfraquecendo indevidamente. Quando o amor enfraquece sem motivos ou com motivos imperceptíveis a luz do afeto, do carinho, da razão e da emoção, urge não desesperar. Se houver amor ele se recupera desse volume de incompreensões próprias de quem vive um grande amor. Um grande amor só é grande porque não caminham caminhos habituais como como se fosse uma romaria. Nenhum caminho que conduz a um grande amor se percorre sozinho e sem intempéries no trajeto – meio que uma “pedra no meio do caminho” como diria o poeta.
Portanto, quando o amor der sinais de cansaço é alarme falso. Não consta no núcleo do sentimento um cansaço que se possa atribuir ao amor. O homem cansa inclusive da vida, senão os suicidas não existiriam, mas esse é um aspecto forte que denota a falta de amor completa que leva alguém a por termo a existência. Quem da vida não abre mão, certamente não abrirá mão de um grande amor pela suposição de cansaço. Mas se o amor terminou ou quando terminar, muita calma nessa hora: a gente não pode querer numa vida tão passageira um amor eterno...