Estações
Aqui estou eu me desabrochando em palavras, tal como as rosas fazem em épocas de outono. Mais uma primavera vivi, mais coisas da vida entendi, mais conhecimentos guardei. Pequenos pedaços de mim mesma, espalhados pelos lugares por onde andei, pessoas com quem me relacinei e perdas que permiti ter. Não busco perfeição. Não busco realização plena, busco as partes... Meu todo se refaz a medida em que vivo e a idéia de tê-lo completo me assusta, pois me remete a situação de incapacidade de aprimoramento. Não quero parar. O constante movimento e as oscilações as quais estamos vulneráveis são essenciais a um espirito vivo e autruísta!
Se tenho medo... claro que sim. Todos temos os nossos medos em particular. Mais não seria este um mecanismo para ser usado como proteção e não como limitação... O medo me impede de pular de um precipicio, mas nunca me impedirá de voar! . O medo me protegerá de situações arriscadas, mas nunca me acorvadará !.O medo me fará ser cautelosa, mas nunca desistirei de tentar!
Esperançosa, otimista, confiante e decidida, mas nunca iludida! Esta estação na minha vida já se foi, e agora vejo um lindo sol de verdade e desejo que me impulsiona para seguir em frente, sem ter medo de olhar para tráz, quando necessário. De ponderar, quando for propício, e de me aconselhar sempre, quando me sentir sozinha.
O inverno que congelou meus pensamentos lentamente esta se findando. Sinto energia novamente em meus dedos que percorrem por estas letras de forma tão rápida, quanto meus pensamentos em minha mente. Paulatinamente me aqueço com as palavras escritas e com os pensamentos ditos. Não me reconheço em mim mesma por alguns momentos, mas me permito explorar este lado tão obscuro que todos devem ter. Me compadeço que cada pedaço meu que se foi, para que cada novo ouro pedaço pudesse renascer e assim dar continuidade a isto que se chama viver.