O que vi em tua boca
É possível assim beleza tanta
Em teu riso esplêndido e mortal?
Numa boca proibida que espanta
A libélula que do mel colheu o sal.
Vestes o manto da divina harmonia
Simetria ideal tão colossal
Se possível ao poeta quem diria
Descrever a tua boca sem igual.
Suplantei ao desejo vil insano
De querer-te nesta noite longa e fria
De abraçar o teu corpo nu, profano
E acordar abraçando a fantasia