Wyattando numa cadeira de rodas
Não consigo compreender o que se passa
Quando, enfim, chega à hora de mentirmos...
... Um ao outro
Você vem e me olha com tanta sinceridade
Percebi que seus lábios estavam cerrados
Dei-lhe um longo beijo para relaxar
Enquanto ainda dormia, eu tentei contar as estrelas
Uma a uma, olhando-as pela janela, a brilharem para mim
Ou sou eu quem brilha para elas?
Elas pulam sobre o muro construído por nós
O mesmo muro que usamos como proteção, um do outro
Elas se recusaram buscar orientação e eu não poderia impedi-las de entrar
Um discurso diferente, cada vez que tento me explicar
No fundo do poço, tornei-me parte peixe, parte golfinho...
Estrela do mar, minha pele salgando ao luar
Parte feto de baleia, parte filhote de leão-marinho
Não ouso fechar meus olhos, ainda não peguei no sono
Acabei de deixar o "Pub Dondestan" e sinto forte pulsação
Em breve relaxarei, com sua ajuda; dar-me-á um afago?
Estalo meus dedos, ansioso com a sensação de perturbação
Que causei...
... Ao frequentadores do Pub ao lado
Toquei com David Gilmour e conheço Byork melhor do que você imagina
Tornei-me um verbo e sinto-me honrado por isso!
Mas, eu sou seu agora... Aproxime-se para podermos nos tocar
Levo a sério suas bebedeiras, a sua loucura se dá muito bem com a minha cadeira
De rodas, piadas à parte, você é fabulosa quando está embriagada
E eu gosto mais de você a noite, irrompendo minhas madrugadas
*A Robert Wyatt (28/01/1945) músico inglês.