Que culpa tenho eu, se já cheguei tarde em sua vida já emoldurada?
Nem tão pouco sou culpada,
se te desejo e preciso
como ao ar que respiro  
ou a água que sorvo.
Que culpa tenho do nosso desencontro no Paraíso Perdido?
Então não me acuse por tê-lo amado apenas quando virei fruta madura presa no galho.
Por outro lado tens culpa também!
Se eu soubesse que era tão obscuro, não teria tentado entrar em sua vida, para afugentar os teus fantasmas.
Devido a minha ousadia,
já vivo meus dias como se fossem noite infinda.
Já tive minha própria paga no Paraiso de Milton Recuperado,
Resta-me apenas voltar a clausura dos livros,
lugar da qual nunca deveria ter me ausentado.



Railda
Enviado por Railda em 01/07/2012
Reeditado em 02/08/2016
Código do texto: T3755521
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