Tribunal
Trancado num canto oculto da minha alma encontro-me.
Peço socorro a mim mesmo. Sou minha última esperança.
Acuso-me e, me defendo quase que ao mesmo tempo. A esse mesmo tempo sou advogado , promotor e juiz.
O tribunal está vazio, sem plateia. É apenas eu frente a frente comigo.
Começa o julgamento. Culpado ou inocente?
Minhas porções de advogado, promotor se digladiam observados por meu lado juiz.
Os debates se acirram entre os meus EUS.
Choro!
Aguardo a sentença.
Culpado ou inocente?
Termina o julgamento.
Meu lado juiz deu-se por incompetente, incapaz de me condenar e, também de me absolver.
O julgamento foi suspenso sem data certa para reiniciar.
Mais uma vez estou livre.