Fim de Tarde.

Em meio ao silencio de minh’alma

Acalanto minhas lembranças

Recordo todos os finais

Teus olhos a procurar

Tua voz a proferir sussurros inaudíveis.

Em minha cadeira de balanço

Percebo o tempo, o elo.

A fina linha entre lucidez e loucura

Chego a ter saudades da inocência do acreditar

E da pureza da esperança.

Não sou pessimista e também ando a esperar

Esperar os sonhos, esperar aqueles que virão após mim.

Sentada em minha cadeira de balanço recordo as águas profundas

Como são profundas as almas dos poetas...

Sinto o perfume antigo, exalado do simples ato de existir.

Com alma silenciada apenas acalanto minhas lembranças e vagos pensamentos

Sei que sou apenas...

Procuro em minh’ alma o tempo já ido

Como água a escorrer entre os dedos.

Não consigo apalpar minha lucidez!

Em um simples lugar

Escuto apenas o silêncio do vazio

E sem me incomodar ou me acomodar

Espero outros dias, outras eras.

Wal Stone
Enviado por Wal Stone em 01/07/2012
Código do texto: T3754924
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