Não tive tempo de chorar...
Dei-te um oásis!
Mas, andei a devanear.
Caminhei e me perdi no meu deserto.
O sol não me foi guia.
A bússola avariada deixou de me orientar.
Tua ausência me machucava.
Meu coração tiritava de saudade.
Na areia tombei de joelhos,
E minha face foi coberta por um véu pálido.
Num esforço hercúleo contemplei teu nome nas pegadas.
Que havia deixado para trás.
Levantei enlouquecida e fui ao teu encontro.
Havia horas que foste arrebatado por uma doce brisa.
Ainda, pude sentir o cheiro do teu corpo.
Não tive tempo de chorar...
A noite já começava a penumbrar.
Guardei o amor que sentia,
num pedaço de estrela que nascia
E, assim aflorou a poesia...
(Texto reeditado)