Con...dor

CON... DOR

Que caos é este que inundou meu ego?

Contraditório transformou tudo em nada.

Morta-viva, sem mais querer viver.

Sob este sol límpido, azul, infindo

Por que deste mísero corpo

Esta sofrida alma não se liberta?

Condor de imensas asas abertas,quisera ser

A plainar por sobre mares, rios, montanhas, cidades.

Lá do alto, tudo aos meus pés para absorver.

Livre voar, até não mais querer...

Por que dói tanto viver?

Sou equilibrista na corda bamba

batalhando para não cair.

Atriz de circo mambembe, sem direito

a rede para se proteger.

Viver é corpo doido, alma em farrapos

Viver é tristeza por vivo estar.

Viver é dor a nos perseguir

Grudenta igual a chicletes

Grudada no fundo do coração, como uma cicatriz.

Basta cutucar que ela volta intensa

jorrando, imprudente, inconsequente, sequente...

Vez por outra é dor andarilha,

A perambular por cruéis sombras,

sem encontrar nenhum facho de luz de lanterna

Dor que nos conduz à loucura

e por mais que saídas haja,

anda, anda, anda... não as acha.

Meu Deus! que fiz da minha auto-estima?

Transformei-a em luta de box, de esgrima,

Virei farrapo, trapo, capacho.

Atirada ali, bem em frente... apesar do pouco espaço.

Pés barrentos, enlameados, calejados, deformados,

bem cuidados, pesados, a passar por cima.

Nele a se esfregar, pisar, trafegar, num vai e vem

de versos diversos, sem rima.

Se uma caverna deserta, no meio da mata encontrasse.

No eu intocado chão repousar poderia.

Sentir o cheiro da terra, escutar o barulho da brisa,

eco dos meus lamentos, o canto das cotovias,

o burburinho dos pássaros, o uivar dos lobos,

o piar da coruja, o ronronar dos gatos do mato,

Em claras noites de luar.

O farfalhar das folhas em suaves rodopios,

cobrindo o úmido chão, tornando macio o pisar.

húmus da terra, que prepara-se para acolher

as novos sementes, latentes, vidas a aflorar.

Começo do recomeço.

Continuidade que a sábia natureza

jamais precisou ensinar...

E assim, em perfeita sintonia, silenciosamente poderia as amarras soltar,

desprendendo-me deste mísero corpo e partir.

Sem choro, sem flores, sem velas, brancas, amarelas.

Alívio de alguns. Pesar de outros, constritos rostos,

Imperceptíveis sorrisos no canto dos lábios

certamente haveria.

Minh'alma liberta, livre deste mutilado corpo

Nome apagado do quadro da vida.

Nenhum vestígio...

Nada... vazio... vácuo... ausência de tudo.

Pra que lágrimas?

Melhor poupá-las para ocasião de melhor valia.

Nada restaria par o leilão macabro dos que ficaram.

Tudo gasto. Mas onde?

Que decepção! Que fracasso!

Nunca me viram em lojas de grifes, em carros do ano.

Será que tentara apagar do meu rosto

as marcas do tempo, em clínicas, em plásticas ridículas,

ou fios de ouro? Que desperdício?

Onde estaria escondido este tesouro?

Cheguei de mãos vazias e, com elas abertas, partirei.

Sem estardalhaço. Só descompasso.

Não mais me sentirei inútil, ridícula.

Golpear-me pelas costas? Não mais poderão.

O que fará, agora, vida, com seu nariz de palhaço?

Não consigo entender esta misteriosa

mistura de dor e amor.

É o Kit que a vida se nos oferece.

Se o amor traz sofrimento. Amar é idiotice. Autodestruição.

Amar é implosão de nossa auto-estima

Amar é aniquilar o nosso eu.

Amar é ceifar a nossa alma. Feri-la a cada dia.

Saúde oferecida e que depois numa lenta sangria

a retira. A vida esvaindo-se lentamente, gota a gota.

descartada do corpo do moribundo

em cujas veias já não mais consegue escoar.

Sofrido e demorado morrer.

Só há um amor verdadeiro. E é nele que acredito.

Não o entendo. Confesso.

Por vezes , o confronto, o contesto.

Mas o aceito, por fé. E é a Ele a quem me recorro

para não enlouquecer...

Não é mais a fé do tamanho de um baobá,

Raízes imensas infiltradas no planeta inteiro,

que durante anos proclamei.

O que restou é um tenra plantinha

tentando manter-se no alto de um desfiladeiro

fustigada, por intempéries, o tempo inteiro.

Ò Deus! ouça minha meu lamento, minha prece.

Acalme minh'alma , me faça um carinho.

Deixe-me dormir.. nem que seja um cadinho.

Acordar não é preciso.

Que mais quer de mim, aqui?

Diga logo para que eu possa cumprir.

Quero colo de mãe.

Nem que seja um pouquinho

Por tudo que já passei

Alguns créditos conquistei.

Vai lá vida. Seja generosa, otimista.

Se débitos tenho. É erro do contabilista.

Lance em "Provisão para devedores duvidosos"

Ou consulte um economista!

Maggá

CON... DOR

Que caos é este que inundou meu ego?

Contraditório transformou tudo em nada.

Morta-viva, sem mais querer viver.

Sob este sol límpido, azul, infindo

Por que deste mísero corpo

Esta sofrida alma não se liberta?

Condor de imensas asas abertas,quisera ser

A plainar por sobre mares, rios, montanhas, cidades.

Lá do alto, tudo aos meus pés para absorver.

Livre voar, até não mais querer...

Por que dói tanto viver?

Sou equilibrista na corda bamba

batalhando para não cair.

Atriz de circo mambembe, sem direito

a rede para se proteger.

Viver é corpo doido, alma em farrapos

Viver é tristeza por vivo estar.

Viver é dor a nos perseguir

Grudenta igual a chicletes

Grudada no fundo do coração, como uma cicatriz.

Basta cutucar que ela volta intensa

jorrando, imprudente, inconsequente, sequente...

Vez por outra é dor andarilha,

A perambular por cruéis sombras,

sem encontrar nenhum facho de luz de lanterna

Dor que nos conduz à loucura

e por mais que saídas haja,

anda, anda, anda... não as acha.

Meu Deus! que fiz da minha auto-estima?

Transformei-a em luta de box, de esgrima,

Virei farrapo, trapo, capacho.

Atirada ali, bem em frente... apesar do pouco espaço.

Pés barrentos, enlameados, calejados, deformados,

bem cuidados, pesados, a passar por cima.

Nele a se esfregar, pisar, trafegar, num vai e vem

de versos diversos, sem rima.

Se uma caverna deserta, no meio da mata encontrasse.

No eu intocado chão repousar poderia.

Sentir o cheiro da terra, escutar o barulho da brisa,

eco dos meus lamentos, o canto das cotovias,

o burburinho dos pássaros, o uivar dos lobos,

o piar da coruja, o ronronar dos gatos do mato,

Em claras noites de luar.

O farfalhar das folhas em suaves rodopios,

cobrindo o úmido chão, tornando macio o pisar.

húmus da terra, que prepara-se para acolher

as novos sementes, latentes, vidas a aflorar.

Começo do recomeço.

Continuidade que a sábia natureza

jamais precisou ensinar...

E assim, em perfeita sintonia, silenciosamente poderia as amarras soltar,

desprendendo-me deste mísero corpo e partir.

Sem choro, sem flores, sem velas, brancas, amarelas.

Alívio de alguns. Pesar de outros, constritos rostos,

Imperceptíveis sorrisos no canto dos lábios

certamente haveria.

Minh'alma liberta, livre deste mutilado corpo

Nome apagado do quadro da vida.

Nenhum vestígio...

Nada... vazio... vácuo... ausência de tudo.

Pra que lágrimas?

Melhor poupá-las para ocasião de melhor valia.

Nada restaria par o leilão macabro dos que ficaram.

Tudo gasto. Mas onde?

Que decepção! Que fracasso!

Nunca me viram em lojas de grifes, em carros do ano.

Será que tentara apagar do meu rosto

as marcas do tempo, em clínicas, em plásticas ridículas,

ou fios de ouro? Que desperdício?

Onde estaria escondido este tesouro?

Cheguei de mãos vazias e, com elas abertas, partirei.

Sem estardalhaço. Só descompasso.

Não mais me sentirei inútil, ridícula.

Golpear-me pelas costas? Não mais poderão.

O que fará, agora, vida, com seu nariz de palhaço?

Não consigo entender esta misteriosa

mistura de dor e amor.

É o Kit que a vida se nos oferece.

Se o amor traz sofrimento. Amar é idiotice. Autodestruição.

Amar é implosão de nossa auto-estima

Amar é aniquilar o nosso eu.

Amar é ceifar a nossa alma. Feri-la a cada dia.

Saúde oferecida e que depois numa lenta sangria

a retira. A vida esvaindo-se lentamente, gota a gota.

descartada do corpo do moribundo

em cujas veias já não mais consegue escoar.

Sofrido e demorado morrer.

Só há um amor verdadeiro. E é nele que acredito.

Não o entendo. Confesso.

Por vezes , o confronto, o contesto.

Mas o aceito, por fé. E é a Ele a quem me recorro

para não enlouquecer...

Não é mais a fé do tamanho de um baobá,

Raízes imensas infiltradas no planeta inteiro,

que durante anos proclamei.

O que restou é um tenra plantinha

tentando manter-se no alto de um desfiladeiro

fustigada, por intempéries, o tempo inteiro.

Ò Deus! ouça minha meu lamento, minha prece.

Acalme minh'alma , me faça um carinho.

Deixe-me dormir.. nem que seja um cadinho.

Acordar não é preciso.

Que mais quer de mim, aqui?

Diga logo para que eu possa cumprir.

Quero colo de mãe.

Nem que seja um pouquinho

Por tudo que já passei

Alguns créditos conquistei.

Vai lá vida. Seja generosa, otimista.

Se débitos tenho. É erro do contabilista.

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Ou consulte um economista!

Maggá

CON... DOR

Que caos é este que inundou meu ego?

Contraditório transformou tudo em nada.

Morta-viva, sem mais querer viver.

Sob este sol límpido, azul, infindo

Por que deste mísero corpo

Esta sofrida alma não se liberta?

Condor de imensas asas abertas,quisera ser

A plainar por sobre mares, rios, montanhas, cidades.

Lá do alto, tudo aos meus pés para absorver.

Livre voar, até não mais querer...

Por que dói tanto viver?

Sou equilibrista na corda bamba

batalhando para não cair.

Atriz de circo mambembe, sem direito

a rede para se proteger.

Viver é corpo doido, alma em farrapos

Viver é tristeza por vivo estar.

Viver é dor a nos perseguir

Grudenta igual a chicletes

Grudada no fundo do coração, como uma cicatriz.

Basta cutucar que ela volta intensa

jorrando, imprudente, inconsequente, sequente...

Vez por outra é dor andarilha,

A perambular por cruéis sombras,

sem encontrar nenhum facho de luz de lanterna

Dor que nos conduz à loucura

e por mais que saídas haja,

anda, anda, anda... não as acha.

Meu Deus! que fiz da minha auto-estima?

Transformei-a em luta de box, de esgrima,

Virei farrapo, trapo, capacho.

Atirada ali, bem em frente... apesar do pouco espaço.

Pés barrentos, enlameados, calejados, deformados,

bem cuidados, pesados, a passar por cima.

Nele a se esfregar, pisar, trafegar, num vai e vem

de versos diversos, sem rima.

Se uma caverna deserta, no meio da mata encontrasse.

No eu intocado chão repousar poderia.

Sentir o cheiro da terra, escutar o barulho da brisa,

eco dos meus lamentos, o canto das cotovias,

o burburinho dos pássaros, o uivar dos lobos,

o piar da coruja, o ronronar dos gatos do mato,

Em claras noites de luar.

O farfalhar das folhas em suaves rodopios,

cobrindo o úmido chão, tornando macio o pisar.

húmus da terra, que prepara-se para acolher

as novos sementes, latentes, vidas a aflorar.

Começo do recomeço.

Continuidade que a sábia natureza

jamais precisou ensinar...

E assim, em perfeita sintonia, silenciosamente poderia as amarras soltar,

desprendendo-me deste mísero corpo e partir.

Sem choro, sem flores, sem velas, brancas, amarelas.

Alívio de alguns. Pesar de outros, constritos rostos,

Imperceptíveis sorrisos no canto dos lábios

certamente haveria.

Minh'alma liberta, livre deste mutilado corpo

Nome apagado do quadro da vida.

Nenhum vestígio...

Nada... vazio... vácuo... ausência de tudo.

Pra que lágrimas?

Melhor poupá-las para ocasião de melhor valia.

Nada restaria par o leilão macabro dos que ficaram.

Tudo gasto. Mas onde?

Que decepção! Que fracasso!

Nunca me viram em lojas de grifes, em carros do ano.

Será que tentara apagar do meu rosto

as marcas do tempo, em clínicas, em plásticas ridículas,

ou fios de ouro? Que desperdício?

Onde estaria escondido este tesouro?

Cheguei de mãos vazias e, com elas abertas, partirei.

Sem estardalhaço. Só descompasso.

Não mais me sentirei inútil, ridícula.

Golpear-me pelas costas? Não mais poderão.

O que fará, agora, vida, com seu nariz de palhaço?

Não consigo entender esta misteriosa

mistura de dor e amor.

É o Kit que a vida se nos oferece.

Se o amor traz sofrimento. Amar é idiotice. Autodestruição.

Amar é implosão de nossa auto-estima

Amar é aniquilar o nosso eu.

Amar é ceifar a nossa alma. Feri-la a cada dia.

Saúde oferecida e que depois numa lenta sangria

a retira. A vida esvaindo-se lentamente, gota a gota.

descartada do corpo do moribundo

em cujas veias já não mais consegue escoar.

Sofrido e demorado morrer.

Só há um amor verdadeiro. E é nele que acredito.

Não o entendo. Confesso.

Por vezes , o confronto, o contesto.

Mas o aceito, por fé. E é a Ele a quem me recorro

para não enlouquecer...

Não é mais a fé do tamanho de um baobá,

Raízes imensas infiltradas no planeta inteiro,

que durante anos proclamei.

O que restou é um tenra plantinha

tentando manter-se no alto de um desfiladeiro

fustigada, por intempéries, o tempo inteiro.

Ò Deus! ouça minha meu lamento, minha prece.

Acalme minh'alma , me faça um carinho.

Deixe-me dormir.. nem que seja um cadinho.

Acordar não é preciso.

Que mais quer de mim, aqui?

Diga logo para que eu possa cumprir.

Quero colo de mãe.

Nem que seja um pouquinho

Por tudo que já passei

Alguns créditos conquistei.

Vai lá vida. Seja generosa, otimista.

Se débitos tenho. É erro do contabilista.

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Ou consulte um economista!

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Que caos é este que inundou meu ego?

Contraditório transformou tudo em nada.

Morta-viva, sem mais querer viver.

Sob este sol límpido, azul, infindo

Por que deste mísero corpo

Esta sofrida alma não se liberta?

Condor de imensas asas abertas,quisera ser

A plainar por sobre mares, rios, montanhas, cidades.

Lá do alto, tudo aos meus pés para absorver.

Livre voar, até não mais querer...

Por que dói tanto viver?

Sou equilibrista na corda bamba

batalhando para não cair.

Atriz de circo mambembe, sem direito

a rede para se proteger.

Viver é corpo doido, alma em farrapos

Viver é tristeza por vivo estar.

Viver é dor a nos perseguir

Grudenta igual a chicletes

Grudada no fundo do coração, como uma cicatriz.

Basta cutucar que ela volta intensa

jorrando, imprudente, inconsequente, sequente...

Vez por outra é dor andarilha,

A perambular por cruéis sombras,

sem encontrar nenhum facho de luz de lanterna

Dor que nos conduz à loucura

e por mais que saídas haja,

anda, anda, anda... não as acha.

Meu Deus! que fiz da minha auto-estima?

Transformei-a em luta de box, de esgrima,

Virei farrapo, trapo, capacho.

Atirada ali, bem em frente... apesar do pouco espaço.

Pés barrentos, enlameados, calejados, deformados,

bem cuidados, pesados, a passar por cima.

Nele a se esfregar, pisar, trafegar, num vai e vem

de versos diversos, sem rima.

Se uma caverna deserta, no meio da mata encontrasse.

No eu intocado chão repousar poderia.

Sentir o cheiro da terra, escutar o barulho da brisa,

eco dos meus lamentos, o canto das cotovias,

o burburinho dos pássaros, o uivar dos lobos,

o piar da coruja, o ronronar dos gatos do mato,

Em claras noites de luar.

O farfalhar das folhas em suaves rodopios,

cobrindo o úmido chão, tornando macio o pisar.

húmus da terra, que prepara-se para acolher

as novos sementes, latentes, vidas a aflorar.

Começo do recomeço.

Continuidade que a sábia natureza

jamais precisou ensinar...

E assim, em perfeita sintonia, silenciosamente poderia as amarras soltar,

desprendendo-me deste mísero corpo e partir.

Sem choro, sem flores, sem velas, brancas, amarelas.

Alívio de alguns. Pesar de outros, constritos rostos,

Imperceptíveis sorrisos no canto dos lábios

certamente haveria.

Minh'alma liberta, livre deste mutilado corpo

Nome apagado do quadro da vida.

Nenhum vestígio...

Nada... vazio... vácuo... ausência de tudo.

Pra que lágrimas?

Melhor poupá-las para ocasião de melhor valia.

Nada restaria par o leilão macabro dos que ficaram.

Tudo gasto. Mas onde?

Que decepção! Que fracasso!

Nunca me viram em lojas de grifes, em carros do ano.

Será que tentara apagar do meu rosto

as marcas do tempo, em clínicas, em plásticas ridículas,

ou fios de ouro? Que desperdício?

Onde estaria escondido este tesouro?

Cheguei de mãos vazias e, com elas abertas, partirei.

Sem estardalhaço. Só descompasso.

Não mais me sentirei inútil, ridícula.

Golpear-me pelas costas? Não mais poderão.

O que fará, agora, vida, com seu nariz de palhaço?

Não consigo entender esta misteriosa

mistura de dor e amor.

É o Kit que a vida se nos oferece.

Se o amor traz sofrimento. Amar é idiotice. Autodestruição.

Amar é implosão de nossa auto-estima

Amar é aniquilar o nosso eu.

Amar é ceifar a nossa alma. Feri-la a cada dia.

Saúde oferecida e que depois numa lenta sangria

a retira. A vida esvaindo-se lentamente, gota a gota.

descartada do corpo do moribundo

em cujas veias já não mais consegue escoar.

Sofrido e demorado morrer.

Só há um amor verdadeiro. E é nele que acredito.

Não o entendo. Confesso.

Por vezes , o confronto, o contesto.

Mas o aceito, por fé. E é a Ele a quem me recorro

para não enlouquecer...

Não é mais a fé do tamanho de um baobá,

Raízes imensas infiltradas no planeta inteiro,

que durante anos proclamei.

O que restou é um tenra plantinha

tentando manter-se no alto de um desfiladeiro

fustigada, por intempéries, o tempo inteiro.

Ò Deus! ouça minha meu lamento, minha prece.

Acalme minh'alma , me faça um carinho.

Deixe-me dormir.. nem que seja um cadinho.

Acordar não é preciso.

Que mais quer de mim, aqui?

Diga logo para que eu possa cumprir.

Quero colo de mãe.

Nem que seja um pouquinho

Por tudo que já passei

Alguns créditos conquistei.

Vai lá vida. Seja generosa, otimista.

Se débitos tenho. É erro do contabilista.

Lance em "Provisão para devedores duvidosos"

Ou consulte um economista!

Maggá

CON... DOR

Que caos é este que inundou meu ego?

Contraditório transformou tudo em nada.

Morta-viva, sem mais querer viver.

Sob este sol límpido, azul, infindo

Por que deste mísero corpo

Esta sofrida alma não se liberta?

Condor de imensas asas abertas,quisera ser

A plainar por sobre mares, rios, montanhas, cidades.

Lá do alto, tudo aos meus pés para absorver.

Livre voar, até não mais querer...

Por que dói tanto viver?

Sou equilibrista na corda bamba

batalhando para não cair.

Atriz de circo mambembe, sem direito

a rede para se proteger.

Viver é corpo doido, alma em farrapos

Viver é tristeza por vivo estar.

Viver é dor a nos perseguir

Grudenta igual a chicletes

Grudada no fundo do coração, como uma cicatriz.

Basta cutucar que ela volta intensa

jorrando, imprudente, inconsequente, sequente...

Vez por outra é dor andarilha,

A perambular por cruéis sombras,

sem encontrar nenhum facho de luz de lanterna

Dor que nos conduz à loucura

e por mais que saídas haja,

anda, anda, anda... não as acha.

Meu Deus! que fiz da minha auto-estima?

Transformei-a em luta de box, de esgrima,

Virei farrapo, trapo, capacho.

Atirada ali, bem em frente... apesar do pouco espaço.

Pés barrentos, enlameados, calejados, deformados,

bem cuidados, pesados, a passar por cima.

Nele a se esfregar, pisar, trafegar, num vai e vem

de versos diversos, sem rima.

Se uma caverna deserta, no meio da mata encontrasse.

No eu intocado chão repousar poderia.

Sentir o cheiro da terra, escutar o barulho da brisa,

eco dos meus lamentos, o canto das cotovias,

o burburinho dos pássaros, o uivar dos lobos,

o piar da coruja, o ronronar dos gatos do mato,

Em claras noites de luar.

O farfalhar das folhas em suaves rodopios,

cobrindo o úmido chão, tornando macio o pisar.

húmus da terra, que prepara-se para acolher

as novos sementes, latentes, vidas a aflorar.

Começo do recomeço.

Continuidade que a sábia natureza

jamais precisou ensinar...

E assim, em perfeita sintonia, silenciosamente poderia as amarras soltar,

desprendendo-me deste mísero corpo e partir.

Sem choro, sem flores, sem velas, brancas, amarelas.

Alívio de alguns. Pesar de outros, constritos rostos,

Imperceptíveis sorrisos no canto dos lábios

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Minh'alma liberta, livre deste mutilado corpo

Nome apagado do quadro da vida.

Nenhum vestígio...

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Pra que lágrimas?

Melhor poupá-las para ocasião de melhor valia.

Nada restaria par o leilão macabro dos que ficaram.

Tudo gasto. Mas onde?

Que decepção! Que fracasso!

Nunca me viram em lojas de grifes, em carros do ano.

Será que tentara apagar do meu rosto

as marcas do tempo, em clínicas, em plásticas ridículas,

ou fios de ouro? Que desperdício?

Onde estaria escondido este tesouro?

Cheguei de mãos vazias e, com elas abertas, partirei.

Sem estardalhaço. Só descompasso.

Não mais me sentirei inútil, ridícula.

Golpear-me pelas costas? Não mais poderão.

O que fará, agora, vida, com seu nariz de palhaço?

Não consigo entender esta misteriosa

mistura de dor e amor.

É o Kit que a vida se nos oferece.

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Amar é aniquilar o nosso eu.

Amar é ceifar a nossa alma. Feri-la a cada dia.

Saúde oferecida e que depois numa lenta sangria

a retira. A vida esvaindo-se lentamente, gota a gota.

descartada do corpo do moribundo

em cujas veias já não mais consegue escoar.

Sofrido e demorado morrer.

Só há um amor verdadeiro. E é nele que acredito.

Não o entendo. Confesso.

Por vezes , o confronto, o contesto.

Mas o aceito, por fé. E é a Ele a quem me recorro

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Vai lá vida. Seja generosa, otimista.

Se débitos tenho. É erro do contabilista.

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Maggá

Maggá
Enviado por Maggá em 29/06/2012
Código do texto: T3752114