(SUS)pirando sobre a lua
(SUS)Piremos em nossos sistemas púb(l)icos de (in)sanidade, irmãos de lua! E falemos de nossa mãe branca! A mãe branca ordena pelos silêncios: conVersem ao ave(r)sso do reVerso num uniVerso dentro de multiVersos dos seus Versos únicos, meus filhos! E a mãe branca abençoará a nós, lunáticos com sua imagem ao alcance dos lagos de inspiração aérea. Que estranha potência a nossa de derrubar castelos de ignorâncias com o sopro das musas, abrir os olhos dos cegos com o brilho da mãe branca refletido na escuridão abissal de nossas entrelinhas! Entre as linhas, mãe branca, teus filhos das sombras reinam, as mãos das sombras se ajudam, e a utopia do lado negro da lua é uma realidade (in)consciente. Eu sei. Nós, teus filhos, continuaremos a espalhar nossos germes. Um dia apodreceremos as carnes da ignorância. Roeremos os olhos das luzes falsas. Jantaremos os fígados da acidez e as tripas da grosseria. Entortaremos e derreteremos os relógios da pressa e nessa dança entrarão as vigas de concreto do materialismo. Montaremos na sutileza de uma manada de javalis e atravessaremos os desertos dos solitários, e que o vento do ritmo de nossos cascos carregue essas areias malditas para os confins do nada eterno, aonde ainda é tua jurisdição, nossa mãe branca! Nos (sus)piramos no nosso sistema púb(l)ico frágil, mas teu reino ainda é eterno e de mudanças imutáveis. És branca, amarela e vermelha. Somos negros, cinzas e pó. Renasceremos juntos.
Dija Darkdija