desejos selvagens

Quer me ver!...

_ Eu quero te sentir

Devorá-la em palavras...

Assim como o lobo,

Assim como o tigre

Assim como o leão

Famintos...

Devoram suas presas

Degustam o sangue quente

Que verte carmim de suas veias

Para avermelhar os pelos de seus rostos.

Eu quero agarrar sua presença

Em um salto perfeito de versos

Gravar as garras do meus poemas na

Carne quente e pulsante de seus sonhos

Quero posicionar meu corpo sobre o seu

De forma que não fuja

E sentir o seu arfar ofegante

Porém pulsante de desejos com se me dissesse

_ Devora-me, esse é meu destino

Ser presa entre seus dentes

Ser alimento para seus desejos

Ser força para seus músculos

Ser você na próxima caçada

E após devorar toda minha carne

Sugar todo o meu sangue

Roer todos os meus ossos

Finalmente seremos um

Meu poema será seu

E sua poesia será nossa

Porque cada palavra sua

Cada pensamento seu

Terá um pedaçinho de mim

E quando, inevitalvemente

Morrer ( inevitável isso)

Morreremos juntos

Colados

Conectados

Contidos

Um no outro.

Seremos

Unos

Um...

Menelau
Enviado por Menelau em 26/06/2012
Reeditado em 26/06/2012
Código do texto: T3745562
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