NO UNIVERSO DOS MEUS VERSOS
Vou contar-lhes uma verdadeira história:
Este conto simples que lhes conto agora
E que há muito resguardo na memória,
É do encontro do homem com a sua hora...
Nas andanças por onde a vida me levou,
Caminhos que percorri e a outros ares que respirei...
Tanto aprendi quanto ensinei,
Que palavras não são apenas palavras...
Poder voltar àquele pequeno recanto de reencontros,
Seria a maior providência do tempo na encruzilhada da vida...
Assim reencontrar toda gente que um dia ali conheci,
Como as linhas tracejadas que se encontram no infinito da lida...
Seria como o hastear de uma bandeira deslumbrante,
Pintada de cores vivas, como as vivas cores do arco-íris...
Como as íris nas pétalas das flores
Que enfeitam os gentis e generosos jardins
Daquele acolhido e aclamado chão,
Que apresenta suas curvas projetadas, delineadas assim...
Voltar àquele tão gracioso e encantado universo,
Seria como fazer girar minha bússola
Em trezentos e sessenta graus,
Redescobrindo em mim meu verdadeiro norte...
Como rico fosse o tempo que nunca me deixasse para trás,
Não seja por falta de sorte e sim porque tenho memória forte...
Como também sei que o universo de meus versos,
Tampouco seriam inversos aos contra-versos dos olhos de outrora...
Saudosos, fabulosos e desenhados pela crença que os criou!
Autor: Valter Pio dos Santos
Jun-2012