Amor e Crença

CRENÇA

Ao perceber no toque, ausência, na fala, o evasivo,

A inconstância das mãos, o sono intranqüilo...

A falta de gozo no que há de mais simplório...

Por que julgar o fruto pela semente sequer plantada?

Colher-se-ia, caso alguns não ousassem combater as pragas?!

“Olhar através da vidraça suja roupa do vizinho”...

E, o que não levanta cedo semelhante é ao sem motivos

Para julgar que o dia não possa ser entediante.

Quanto a mim, o que posso esperar?

Que outro venha dizer onde ou como plantar?!

De repente, que eu fique observando à margem,

Do rio, da vida que passa...

Quem há de “achar” por mim? Pois quem “acha” não sabe nada!

Apenas encontra o que por descuido, fora esquecido, ou ainda, Desprezado por não ter proveito.

Mas, se não há motivos para se querer, ficar bem não pode!

Não posso ver senão com meus olhos, meu coração, e cada qual,

Busca o ângulo que melhor lhe prouve.

Acreditar na felicidade! Ousar entender que é possível;

Que o sentir é único! E a cada qual, seu modo;

Que o arbítrio jamais perca a liberdade!

Porque aos infelizes chegam esperanças, que trazendo companhias Para si, aplacarão suas dores... Afinal, qualquer que for levado,

De Uma forma ou de outra será CATIVO.

wellington jose de lima
Enviado por wellington jose de lima em 24/06/2012
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