Jogo Das Cores

Cores fortes encobrem o sangue

Que corre a céu aberto; indiferente

Aos olhos dos possuidores;

Um novo retorno para, sem pressa,

Traduzir no claro-oculto, sentimentos

De amor e agonia entrelaçados;

Pelos campos da ilusão, dançam,

No vórtice das cores, esperança

E Magia...

Tic, tac, tic, tac...

Acompanham, o coração,

As batidas do relógio no tempo

Que ansioso dispara

Felicidade com sua chegada.

Tantas vezes miragem...

Porque o amor traz consigo no doar-se

A ingenuidade da esperança, e, aguarda,

Por vezes, acordado, um novo dia irradiar...

Traz a beleza das coisas simples, e, enquanto

A “espada de dois gumes” estiver embainhada,

O canto de vitória do amor cala!

Omitindo-se à reação crescente do mal.

Em cores fortes para não verem:

O sangue que derramam é inocente!

Contudo, o amor não deixa de ser amor,

E eu sinto, não apenas saudade,

Mas sua agonia me agoniza.

Porque ir contra a razão não é ir contra

O sistema. Eu já fui, e, não me arrependo...

Tinha razão, ou estava com ela...

"Há um rio, e, por certo existem cataratas

Onde as águas fiquem turbulentas nas quedas,

Mais adiante, contudo, volta à calmaria...

Porque nem por isto o rio deixa de ser

Rio tampouco o amor deixa de ser amor".