Simples San
Tens a fala da carência que reflete o teu pensar;
Mãos trêmulas, gesto duvidoso...
E a tênue esperança de encontrar,
Antes do cataclisma... O amor!
Tens a aurora refletida que compensa o doce ousar!
Tens a face colorida... De amargura e de penar!
Mas tens... Um não sei quê de louco,
Ingenuidade talvez!...
Ou é utopia que te aflora aos poros?
_Amar, amar, amar!
Venhas tu, caminhar a passos largos!
Crê, ninguém pode te impedir.
Saiamos pela vida desvairados...
Até o lume este fogo consumir.
A mesmice é uma doença, o comum, a covardia...
Mas o simples, ah! O simples é sagrado... É poesia!
No orvalho, na chuva... A pétala que deságua
Em noite fria; Os seres que se amam noite adentro,
A ausência de quem tanto se queria.
Mas o amor, este sim, encontro em ti:
Na maneira como sonhas, nesse de sorrir.