MAIS NADA



De mãos ainda imaginárias
Brotaram rosas a mim ofertadas
Inesperadamente.

De lábios invisíveis o som de palavras
Doces, só imaginadas,
A demonstrar por simples gestos
 Singelamente não pronunciadas,
Apenas ditas através das rosas,
As lindas rosas multicores a mim ofertadas.

E pra não dizer que não falei de flores,
Como já nos falou o poeta Vandré,
E nem de amores então, silenciarei.

E enquanto todos dormem,
Sigo escrevendo versos pelas madrugadas
Diante das rosas orvalhadas;
 E como as rosas não falam,
Já dizia o poeta Cartola, elas apenas me escutam,
Entendem-me, mais nada.