Sussurros sem recompensa
No cálice do pecado, eu sangrei sem deixar derramar
Gota por gota deixar escapar, suaves sussurros sem recompensa
Minha alegria, minha pouca sabedoria, em ver tantas alegorias.
Ah alegorias! Eternizam-se em seus eternos sonhares
Torturas de nossas doces liberdades
Liberdades sonhadas, mas com algumas expressões erradas
Corações aflitos se sacrificam, sussurrando aos atordoados
Na estupidez dos surdos, sussurramos nossas memórias
Contamos lindas histórias, aprendidas ao longo de nossas histórias
Sem recompensa, “eu” sorrio ao bem sofrer!
Em meu grito calado, luto! Mas não lamento de meu viver.
Resquícios de ditaduras, gritando bem alto, em seu altar da doce estupidez
Da dor que se fez em meu peito,
deixo escorrer, o doce orvalho de minha face.
Quem sabe, com gota por gota, de meu medíocre ser,
Rego alguns gritos em seu sofrer
Viva a sociedade em sua estúpida liberdade!
Bêbados vagam... Atordoados vagam...
Aos gritos de suas próprias ditaduras
Ao gosto de alguns corações amargos
Sucos escorridos de seus lindos corações
Como pinturas de Da Vinci, pintam suas lindas almas
Sublimadas a cor escarlata!
Fernando A. Troncoso Rocha.