Poesia da Desgraça

Pode ser que me acompanhe um espírito noctivago, deste fugidios dos quintos do infernos, enviado para atormentar a alma daqueles que nasceram predestinados para fazer o bem e plantar a harmonia, meu caso.

Na tentativa de chegar ao céu, vou me aproximando de um inferno sem fim, e a minha arte, especialmente a literatura, é a única maneira que ainda me resta para expressar o que me acontece, é a única maneira de pedir ajuda aqueles que nutrem por mim, em seu íntimo, um amor que ultrapasse o desespero que me é nítido nos olhos.

Hoje minha poesia não é de amor, nem de mero transcendentalismo metafísico, hoje minha poesia é de desgraça...da desgraça que foi se acumulando em meu peito por amar demais. Hoje o amor se torna a minha morte e já deixo aqui redigida minha despedida aos que sentirão minha falta. Caso parta precocemente, deixo um conselho aos que hão de ler a minha desgraça: ame a medida da sanidade, ao contrário já está próxima a vossa destruição.

Profano
Enviado por Profano em 18/06/2012
Reeditado em 19/06/2012
Código do texto: T3731133
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