Introdução à Ciranda CAPPAZ:  
"Animais: nossos companheiros de jornada"


Quando sugeri como tema de uma de nossas Cirandas algo relacionado à defesa dos animais que são vítimas de maus tratos, abandonados e que perambulam pelas ruas, fiquei imensamente feliz ao sentir a receptividade para acolhê-lo entre os maravilhosos confrades e confreiras da CAPPAZ. Mas não parou por aí: fui convidada a fazer a introdução dessa Ciranda e então meu coração regozijou-se pois é uma honra que não tem preço emprestar minha voz e meu coração à causa daqueles que não podem falar por sí próprios: nossos companheiros de jornada!
Vejo pessoas dizendo que há tantas crianças, idosos, adolescentes que foram lançados à própria sorte, vítimas de pedófilos, maus tratos ou simplesmente marginalizados, então pra que preocupar-se com animais? Como ser humano, também me sensibilizo com todas essas causas, trabalhei como voluntária com crianças, não consigo ver um idoso passando fome e recolhendo comida no lixo para matar a fome. Entretanto, há leis que garantem o direito dessas pessoas como cidadãos, enquanto não vemos a mínima preocupação com esses pequenos seres que, como nós, sentem fome, sede, frio, dor e principalmente, são capazes de amar como poucos de nós.

Vemos milhares de animais sendo sacrificados de forma brutal para que algumas mulheres possam usar casacos de peles caríssimas. Levamos nossos filhos ao circo para rir do domador de leões, ver o elefante fazer poses, sem termos a real noção do quanto eles são submetidos a maus tratos para obedecerem a vontade de seus treinadores. Não temos ideia do que seja para os animais viver completamente afastados de seu habitat natural, cercados por telas de arame apenas para que os possamos ver nos zoológicos espalhados por todo o planeta. Muitas pessoas conseguem ficar alheias a um cãozinho que sofre de fome e sede simplesmente porque não tem raça, isso quando não os enxotam com pontapés e gritos que os deixam assustados e cada vez mais temerosos de que exista alguém com bondade suficiente para resgatá-los e trata-los com amor e respeito.

A nossa ciranda vem falar do quanto aprendemos convivendo com esses pequenos peludos no dia a dia. Eles são capazes de adotar como seus filhos de espécies diferentes das suas sem perguntar se isso é moralmente correto. Arriscam suas vidas para salvar sua prole do perigo e mesmo seus donos, por quem nutrem um amor verdadeiro e absolutamente incondicional. Eu aprendi isso com a Malu e agora ganhamos um novo professor de amor: o Guri. São nossos bebês felinos e fazem parte da nossa vida, acho que não conseguiríamos nos imaginar sem eles por aqui hoje. Queridos poetas e poetisas, cantem seu amor pelos animais, contem suas histórias de amor com eles, ajudem-nos a defender os direitos deles com a sua voz, pois somos capazes de modificar a triste realidade legal de hoje que pune tão brandamente quem maltrata e mata sem piedade esses pequenos com requintes de crueldade Vamos elevar nossos sentimentos mais puros para mostrar ao mundo o quanto eles são nossos companheiros de jornada, mesmo quando deixam de fazer parte das nossas vidas. Até mesmo a saudade deles nos faz mais humanos e com isso, amamos mais. Sem qualquer sombra de dúvida eles nos tornam melhores e contribuem para a nossa evolução individual.



Akasha De Lioncourt – 09 de março de 2012.

Confreira Seccional São Paulo/SP


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Akasha De Lioncourt
Enviado por Akasha De Lioncourt em 18/06/2012
Reeditado em 19/06/2012
Código do texto: T3730926
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