SONHOS VOAM ALTO
Juliana Valis
Sonhei que eu era um pássaro, cruzando os horizontes da vida. E minhas asas batiam céleres, rumo a um local chamado "felicidade". Sim, eu voava em direção a esse lugar enigmático, esperando encontrar lá um sentimento de paz que transcendesse toda a minha vã existência...
De que adianta existir sem voar ? De que adianta ter asas e não usá-las, ao menos, para alcançar as nuvens do conhecimento ? Não, de nada adianta apenas existir e ter, é preciso ser pássaro. É preciso vislumbrar nas alturas alguma meta, algum objetivo lídimo, além das aparências e das futilidades mundanas.
E por isto eu voava: para encontrar no céu um sentido intrínseco à vida. Não apenas um sentido, é verdade, mas pelo menos um rumo que eu pudesse seguir sem receio de me encontrar. Como águia, talvez, eu pudesse ser feliz, olhando muito além da superfície dos sentimentos. E talvez, assim, qualquer espécie de tristeza não me aturdisse, nem me prendesse em gaiolas de angústias existenciais.
Por que existir sem sonhar ? Para quê existir sem provar a liberdade dos céus ? Talvez os pássaros sejam muito mais felizes que os humanos. Nós, presos aos chãos de emoções antagônicas, sempre perdidos, ainda que aparentemente seguros em nossas fachadas sociais. Sim, creio que os pássaros tendem a ser muito mais felizes, diante do horizonte que os recebe. Céus, como queria ser pássaro !
Juliana Valis
Sonhei que eu era um pássaro, cruzando os horizontes da vida. E minhas asas batiam céleres, rumo a um local chamado "felicidade". Sim, eu voava em direção a esse lugar enigmático, esperando encontrar lá um sentimento de paz que transcendesse toda a minha vã existência...
De que adianta existir sem voar ? De que adianta ter asas e não usá-las, ao menos, para alcançar as nuvens do conhecimento ? Não, de nada adianta apenas existir e ter, é preciso ser pássaro. É preciso vislumbrar nas alturas alguma meta, algum objetivo lídimo, além das aparências e das futilidades mundanas.
E por isto eu voava: para encontrar no céu um sentido intrínseco à vida. Não apenas um sentido, é verdade, mas pelo menos um rumo que eu pudesse seguir sem receio de me encontrar. Como águia, talvez, eu pudesse ser feliz, olhando muito além da superfície dos sentimentos. E talvez, assim, qualquer espécie de tristeza não me aturdisse, nem me prendesse em gaiolas de angústias existenciais.
Por que existir sem sonhar ? Para quê existir sem provar a liberdade dos céus ? Talvez os pássaros sejam muito mais felizes que os humanos. Nós, presos aos chãos de emoções antagônicas, sempre perdidos, ainda que aparentemente seguros em nossas fachadas sociais. Sim, creio que os pássaros tendem a ser muito mais felizes, diante do horizonte que os recebe. Céus, como queria ser pássaro !