VIDA E MORTE
Insisto que a vida não inventa, apenas recria, cada passagem vai-se como lembrança, ou mesmo saudade. Um olhar vale tanto quanto anos de solidão ou um minuto de amor, vale tanto como a dor de uma separação.
Invisto no tempo de agora, essa minha hora, antes criança, jaz uma senhora. Inquirido meu coração se confunde assombrado pela morte,
Como dizia outro: - “meus heróis morreram...”, há de findar minha história.
Passeio meus versos pelas verdades do meu inconsciente, por isso eu sonho, irrelevante meu estado, se acordado ou pregado no sono.
Deixo ruir minha fé, liberto minha insegurança, faço-me tão homem quanto possível, irreverentemente débil e frágil, inconsequentemente poeta enamorado. Não me esquivo do amor, da paixão desmedida, de tocar em minha ferida, perambulo pelas noites mal dormidas, pelos botecos, só ou com as meninas. Pois que já foi assim, continua sendo e continuará havendo,
Insisto que a vida não inventa, apenas recria e fomenta.