A um amigo, meu desabafo.

Hoje quis procurar-te

Mergulhar minhas angústias em tuas delicadezas

Bálsamo suave, alegria constante

Dores divididas.

Quis partilhar de sua

Vida,

Instante mágico, momento suspenso no ar

Estático, indefinível

Mas ao bater à tua porta

Oh! Amigo

Encontrei-a trancada, e ao chamar o teu nome

Você não me ouviu

E estava na casa.

O que eu te fiz?

Se ao olhar tuas frases e dissertar seus versos

Só encontrei aquela por quem procurava,

e descobri que o teu silêncio se encaixava ao meu

E tua voz era minha agonia.

Amigo,

por que a frieza de costas viradas,

Indiferença cruel dos covardes que vivem à margem da vida?

Ferida. Foi o que você fez comigo, e se me tem por inimigo,

não sei.

Mas voltei.

Não baterei mais na tua porta,

Em busca dos teus versos e teus encantos.

Ficarei em minha vaidade, presa.

Alçando vôos maiores que os teus.

Tendo a certeza que o sábio é aquele,

Que sabe que ainda nada aprendeu.

Izzie
Enviado por Izzie em 15/06/2012
Código do texto: T3724836
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